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Os Jovens devem ter melhores condições logísticas, melhores Técnicos, melhores Pedagogos, melhor Competição, Melhores Dirigentes...
APTIDÕES PSICOLÓGICAS
(o que o jogador expressa ou não no terreno de jogo)
Referência estática = Organização de jogo - posse de bola - cooordenação de acções ofensivas para marcar um golo. 3 fases da acção Ofensiva:
Conservação colectiva da bola/Oposição à progressão da bola
Desequilibrio colectivo ou individual/Recuperação da bola
Finalização/Protecção da baliza
Aumentar as possibilidades de trocas de bola, isto é passes eficazes
Ocupação do terreno em largura e em profundidade;
Deslocamentos (desmarcações) entre dois adversários em espaços livres;
Circulação da bola com segurança.
- O que fazer para desequilibrar a defesa adversária:
Criar e utilizar espaços livres: fixa-se a defesa em uma zona lateral e faz-se de imediato a inversão do jogo;
PRINCÍPIOS DE JOGO
Começa verdadeiramente aqui, o meu curso de treinador de futebol, a minha «academia»!
Este Trabalho em oposição melhora simultâneamente as qualidades táctico-técnicas, as qualidades físicas, mas também as atitudes mentais ligadas à situação de treino.
Claro que este trabalho deve responder a expectativas ligadas a um projecto de jogo e a objectivos muito precisos.
Eleição de Objectivos
Exemplo: «recuperação imediata da bola»
Ataque: conservação; progressão da bola e dos jogadores/ Defesa: oposição à progressão da bola e dos jogadores.
Ataque: Desequilibrio individual ou colectivo da defesa/Defesa: Recuperação da bola.
Ataque: Finalização ( marcar golo)/Defesa:Protecção da baliza
Consideramos nas fases estáticas: os cantos, os livres directos e indirectos, o pontapé de saída, o pontapé de baliza, o lançamento de linha lateral, o penalty.
Devemos realçar que os livres directos e os cantos equivalem a 25%, 30% dos golos em todas as competições.
A relação de oposição-colaboração
Em situação de jogo, cada problema de jogo resolve-se com maior ou menor rapidez consoante a relação oposição-colaboração.
Esta relação depende do número de jogadores, de momento em acção; exemplo: 3 contra 1 mais guarda redes, mas depende também do espaço e do tempo disponíveis para realizar este exercício. Assim, o treinador modelará a dificuldade ou a complexidade do mesmo.
Tipos de Oposição
Na objectividade do treino o treinador pode modelar o nível do treino em função do nível do jogo, por meio de uma oposição simplificada ou uma oposição real.
A oposição simplificada: neste tipo de oposição saímos da Realidade do jogo; o tempo de informação para o jogador é o mais importante; aqui a defesa utiliza sempre acções passsivas; a Graduação do treino pode ser «criando obstáculos perceptivos» e ou, «fazendo oposição sem intervenção». Embora seja difícil controlar o grau de intensidade do esxercício, este tipo de trabalho permite o desenvolvimento dos princípios organizadores da acção, num clima de auto-confiança crescente.
A Oposição Real: com oposição total é pedido ao jogador que disponibilize toda a sua dimensão, particularmente nos gastos energéticos (nível físico).
A atenção do treinador deve estar focada nos tempos activos e nos tempos de recuperação com os cuidados necessários, não esquecendo que o contexto psicológico é pressionante e assim deve introduzir alguma dose de «ludismo» neste tipo de tarefa ou exercício.
Sabemos que ambos os tipos de oposição se complementam já que permitem aceder ao conhecimento do jogo de oposição e de cooperação.
Ao treinador cabe utilizá-los no momento oportuno, de forma a que os jogadores consigam adquirir este conhecimento profundo do jogo.
O aconselhamento a dar aos jogadores: Antes de iniciar a tarefa ou o exercício, o treinador deve indicar qual ou quais os objectivos a atingir.
Exemplo: conservação da bola e progressão com oposição defensiva.
A Evolução da Tarefa ou do Exercício
Na realidade, em presença de êxitos ou fracasssos, o treinador deve compreender as razões de forma a que:
É importante compreeender que as produções ofensivas e defensivas se condicionam mútuamente. A APRENDIZAGEM EFECTUA-SE NOS DOIS SENTIDOS, GRAÇAS AO DOMÍNIO DURADOURO DO JOGO INTENCIONAL PARA CHEGAR AO JOGO COLECTIVO NA SUA GLOBALIDADE.
RESUMINDO, pretendemos um Ensino do Futebol que tenha em conta a Oposição, e o treino dinâmico do Jogo, defendendo que o jogador se «constrói» progressivamente a partir do jogo e de situações-problemas.
Cabe ao treinador facilitar a aprendizagem por meio de uma dose subtil de dificuldade nas situações-problemas; nem demasiado fácil, nem demasiado difícil.
Sabemos que em futebol a bola quase nunca está parada nos pés de um jogador; é necessário um bom domínio técnico para a receber, controlar, conduzir, passar, rematar;
Para melhorar a sua capacidade de coordenação, o jogador deve desenvolver desde o princípio a sua capacidade específica de equilibrio.
A alternância trabalho/repouso caracteriza as sequências de jogo; é portanto um esforço descontinuado mediante pressões específicas, tanto maiores quanto a elevação do nível do jogo.
O jogador jovem adapta-se naturalmente à descontinuidade do esforço breve, seguido de um tempo de recuperação, mas, tem dificuldade em produzir esforços longos e intensos.
Em todas as partes e a todo o momento!
Dadas as pressões psicológicas específicas que este desporto colectivo de oposição apresenta, deveremos dar prioridade à educação, agindo também como pais.
O futebol é psicológicamente muito exigente; tanto a nível intelectual como afectivo; exige ainda um tratamento rápido e eficaz da informação, motivação constante e capacidades de integração em grupo.
Desenvolvimento e aperfeiçoamento para o melhor rendimento do jogador e da equipa.
Recursos Tácticos
Inteligência táctica: utilização inteligente dos recursos técnicos e físicos no jogo;
Quando o jogador não é um especialista menos atitude tem para a leitura e resolução dos problemas do jogo.
Recursos Técnicos (qualidades técnicas)
O domínio gestual, a perfeição das habilidades úteis para a realização táctica do jogador; Quanto mais «tosco» for o jogador, mais dificuldades terá na sua coordenação específica.
Recursos Físicos (qualidades físicas)
Consideremos as qualidades físicas gerais e as qualidades físicas específicas
Recursos Psicológicos (qualidades psicológicas)
Quanto mais jovem é o jogador mais motivado está para o jogo e mais necessidade tem de desenvolver a sua autoconfiança. Assim o projecto de treino desportivo visando a eficácia, compreenderá essencialmente: a formação táctica; a formação técnica; a formação física e a formação mental.
A ACÇÃO FORMATIVA
Não é suficiente ao treinador trabalhar separadamente as capacidades de que falamos anteriormente, para que o jogador seja eficaz ao serviço do colectivo com o mesmo objectivo. (a relação de força colectiva e individual reflecte o nível de jogo da cada equipa).Durante o jogo, a equipa ganhadora resolve melhor os problemas que a equipa adversária lhe apresenta, quer colectiva, quer individualmente, porque domina os factores tácticos e técnicos.Cada elemento da equipa (o individual) sabe utilizar melhor o seu potencial físico e controlar as suas emoções.
É absurdo treinar o futebolista separando os diversos factores.
TREINO GLOBAL
Estes factores estão permanentemente interligados na acção do jogador. Logo, devemos preconizar a concepção global do treino em detrimento da fragmentação da preparação em diversas partes (física, técnica, táctica, mental)
Estamos portanto a falar de um treino total e integrado, onde o exercício é multidimensional: psico-táctico - técnico-físico.
Definimos como Prioritária o desenvolvimento da capacidade táctico-técnica do jogador. Este, em situação de jogo envolve-se Táctica, técnica, física e mental com toda a sua paixão. O desenvolvimento táctico técnico do jogador tem um lugar preponderante desde o principiante até ao nível máximo.
O treinador deve permitir a criatividade, a autonomia, a tomada de iniciativas e a assunção de responsabilidades. O que importa treinar, são as situações reais de jogo: com posse da bola e sem posse da bola, valorizando a inteligência táctica e comportamentos eficazes; adquirir automatismos táctico-técnicos o que permitirá aos jogadores o desenvolvimento e aperfeiçoamento de uma verdadeira «eficácia mental». O treinador deve pôr aos jogadores problemas que eles têm de resolver; consoante o nível, o futebol é apresentado de forma simples (regras adaptadas aos principiantes) sem deixar de lado alguma complexidade para que haja progressão.
A situação problema, o jogo, a competição constituem a base do trabalho de Formação e de treino; é a avaliação da produção que permite verificar os progressos e as deficiências.
Pretendemos um jogo criativo e rápido, o que nos obriga a dar a máxima preponderância ao dominio da dimensão táctico-técnica, de forma a que o jogador aprenda a escolher a melhor solução no jogo.
A Pedagogia activa é essencial. Não podemos nem devemos exigir uma eficácia instantânea. Deve ser feito com base num processo de aprendizagem.
O Treinador deve criar situações-problema, adaptadas ao nível dos jogadores; à medida das capacidades momentâneas:
Neste processo, o jogador compreende porquê que actua e reage assim. O jogo e a decisão de como jogar, cabe-lhe a ele próprio; Ao Treinador cabe-lhe saber observar, aconselhar, modelar a dificuldade do exercício, avaliar.
O jogador deve encontrar as respostas adequadas aos problemas do jogo que derivam da Oposição (adversários) e da Cooperação (companheiros); dupla tarefa portanto; reacção simultânea ou quase, à posição da bola e por outro lado ao entendimento, compreensão, da situação do jogo. Assim, ele, o jogador, deve ter uma boa velocidade mental, uma boa velocidade técnica, associada a uma boa velocidade física.
Aos 14/15 anos passámos para o futebol de salão; aqui, com a organização feita pelo clube (Sport Quelimane e Benfica) patrocinada por várias empresas. O passe curto rente ao solo era o mais utilizado, já que não se podia levantar a bola, parece-me, acima da coxa. Privilegiava-se assim o jogo em bloco, equipa muito junta e velocidade no passe; combinações directas. Por outro lado isso prejudicou o nosso desenvolvimento quer no passe longo, quer no jogo de cabeça e outros gestos técnicos inerentes a esse tipo de passe. Aos 15 anos integramos o futebol de 11 federado, juniores, já que na época não existiam os escalões de infantis, iniciados, ou juvenis.
Os treinadores eram preferencialmente ex-jogadores ou jogadores dos seniores, ou ainda «curiosos». O nosso desenvolvimento e aperfeiçoamento era feito assim; habilidade natural e intuitiva + jogo, muito jogo; 3 treinos por semana; aquecimento tradicional para a época (1968), cross pelas ruas da cidade, alguns exercícios abdominais, subida e descida de bancadas em ritmo contínuo e em zig zag; alongamentos não conhecíamos, eram gestos instintivos individuais.
Táctica? O que se lia no jornal a Bola, o que se ouvia na rádio e o que pouco mas muito pouco se encontrava em literatura desportiva que era quase nula.
Jogávamos em 4 x4 x2, 4x2x4, mas sem combinações planeadas e treinadas; apenas instinto e claro inteligência.
Foi assim até aos 18 anos; no primeiro ano de futebol de 11 sentimo-nos perdidos na imensidão dos 100 metros por 7o metros do campo de futebol que por sinal era relvado; o nosso treinador disse-me para jogar a extremo direito e bem encostado à linha; resultado? «casei-me com a linha» e não saía de lá! O que era frustante quando ainda por cima quase não tocava na bola; não sabíamos que espaço(s) ocupar, como jogar etc, etc, etc...Fomos aprendendo jogando, jogando e jogando! Tínhamos bons hábitos de vida: deitar e levantar cedo; praticávamos outras modalidades desportivas na escola : andebol de 7, voleyball, natação e outras; não tínhamos televisão, nem computadores; apenas a biblioteca municipal, o cinema e a rádio; tudo o resto era «inventado» por nós.
Os nossos ídolos eram: Eusébio, Mário Coluna, Simões, José Augusto, Torres, José Pereira, Iachine, Vítor Damas, Pélé, Garrincha, Puskas, Boby Charlton e outros ícones da época não esquecendo José Pérides, Hilário, Morais!!!