sábado, 27 de setembro de 2008

PARABÉNS ESCOLA DE FUTEBOL DE TOMAR

Na foto de cima, para quem não conhece: Rui Costa e aluno da Escola; idem na foto em baixo: Tótói e respectivo aluno.


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Selecção portuguesa sem eficácia, quer na Finalização, quer na Recuperação da bola, quer na cobertura Defensiva


«QUEM NÃO MARCA, SOFRE»

Chavão ou Sabedoria Popular?

Selecção não conseguiu exorcisar os «Fantasmas» quer da ineficácia Finalizadora, quer na Recuperação da bola no 2º terço do campo, (como é possível no 1º golo da Dinamarca não haver qualquer tipo de oposição ao portador da bola?); Como é possível o Gr Quim, atirar a bola para fora de uma forma tão desconcentrada em momentos cruciais do Jogo?
Quer na defesa para o jogo aéreo mais que previsível dos dinamarqueses; sem qualquer protecção ao Guarda Redes?
Não se pode, nem deve, falhar, da forma que aconteceu.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O PATRIOTISMO DE EMÍLIA AZEVEDO - MULHER, MÃE, AVÓ, HUMANISTA

O MEU PAÍS TEM GARRA



O meu país é d'ouro

Tem o sol como tesouro

O estrangeiro quando passa

Fica feliz e pára.

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

De norte a sul.

Tem um lindo céu azul

Todos querem conhecer

O que lhe dá mais prazer

Por isso a tudo se agarra.

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

As Cidades com Castelos

Velhos mas sempre belos

Dizem ao povo o abrigo

Como outrora ao inimigo

Nossas terras conquistara.

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

O brilho da noite profunda

Nas diversões não pára

A juventude no seu mundo

Canta e dança na farra

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

Bairros com a sua tradição

Desfilam marchas na rua

A fazer inveja à lua

Com a sardinha na brasa.

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

Touradas sem rivais

Toureiros Altivos e Cordiais

Com seus cavalos de raça.

E o Forcado «ousado»

Enfrenta o touro: que marra!

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

O Futebol Prazenteiro

Tem uma luta constante

Na esperança de ser o primeiro.

Os seus «Monstros» apoiantes

Deliram na sua Tara.

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

Artistas e Poetas ausentes

Outros ainda estão presentes

Com força nas suas mentes

Gritam ao povo com barra.

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

Da comida, ninguém esquece

Todo mundo já conhece

Variedade aparece

Em cada canto agrada.

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

Nos Bairros das Vielas

Escuta-se o fado à janela

Cantando à desgarrada

Com o trinar da Guitarra,

«O MEU PAÍS TEM GARRA»

05/07/2008 - assi. EMÍLIA AZEVEDO

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Com Carlos Queiroz, futebol português dará o salto em todos os aspectos

«PESSOA CERTA, NO LUGAR CERTO,NO TEMPO CERTO», só falta saber, se com o staff certo!!!!!

Prevê-se subida vertiginosa no ranking do futebol MUNDIAL.

É Competente, estudioso, pedagogo, ganhador, elegante e cavalheiro, tem classe, muita classe!

Viva o Futebol TOTAL de Espanha





A selecção espanhola foi a justa vencedora do campeonato da Europa de 2008.
Discreta, sem vedetas, sem derrotas fez uma campanha extraordinária; valeu pelo seu todo; uma verdadeira equipa na melhor acepção da palavra.





Lamento a saída extemporânea da selecção holandesa, pois estava fazendo um campeonato com futebol bonito rápido e eficaz; Van der Saar merecia estar na final; foi pena.




terça-feira, 24 de junho de 2008

MARCOS SENNA, O «CÉREBRO»

  • «ENCHEU» O CAMPO DE INTELIGÊNCIA, TÁCTICA, TÉCNICA, COOPERAÇÃO, COMBATIVIDADE, EFICÁCIA MILIMÉTRICA, CLASSE, MUITA CLASSE
  • A «JÓIA» DA COROA ESPANHOLA

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Selecção portuguesa fez o melhor que pôde!


Selecção Nacional fez e deu o seu melhor! Não foi mais além, porque as melhores equipas deste europeu têm no Guarda Redes, um dos pontos mais fortes! Ricardo deu o seu melhor, mas é fraco no timing de saída no jogo aéreo; Que fazer? Teria sido Vítor Baía, mas esse já é um tema demasiado «gasto» embora pouco claro; que quase todos já sabemos; Helton é brasileiro não nacionalizado português; seria uma boa escolha! Mas estamos nos ses; não adianta ok?
Pontas de lança? Mas afinal o que é ser ponta de lança? Na minha opinião é Van Basten, Nistelroy, Lucatony, Raul Águas, Fernando Gomes, Yazalde, Manuel Fernandes...
Mas Nuno Gomes trabalhou bem; Postiga trabalhou bem; que fazer?
Portugal poderia ter jogado em ataque rápido e ou em contra ataque; até pelas características dos seus avançados; por outro lado, em situações de desvantagem, o jogo directo poderia ser uma alternativa; e atenção, que jogo directo não é pontapé para a frente de qualquer forma; está feito, há que não cometer os mesmos erros.
Scolari fez um bom trabalho! Poderia ter feito melhor? Ao que me diz respeito, sou seu fã, muito embora discorde da escolha do Guarda Redes e de um lateral esquerdo de raiz; (penso que em cinco anos dever-se-ia ter tido a preocupação de racionalizar essa posição). Para mim é estranho!
Mas, a Alemanha foi superior e o resto são cantigas.
Vamos estar atentos ao que se vai seguir após a sua saída.
JÁ AGORA A TALHE DE FOICE: QUANTOS PROGRAMAS SOBRE FUTEBOL HÁ NA TELEVISÃO PORTUGUESA? QUANTOS COMENTADORES OU COMENTARISTAS, ANALISTAS E OUTROS «ISTAS» FALAM DE FUTEBOL? PARA ALÉM DA IMPRENSA, DAS RÁDIOS E OUTROS QUEJANDOS?
HÁ MUITO PARASITA NO FUTEBOL MEUS SENHORES! MUITOS, DEMAIS!
É POR ISSO QUE OCTÁVIO MACHADO NÃO SE CALA! Nem eu; REPAREM BEM OK?

terça-feira, 17 de junho de 2008

Preparação Psicológica

Os factores psicológicos formam parte integrante das variáveis que determinam o rendimento; devem por isso ser submetidos a uma programação planificada em interdependencia com a táctica, a técnica, a preparação física.

QUALIDADES PSICOLÓGICAS
(Base de Sustentação das aptidões ou capacidades psicológicas)
  1. Confiança
  2. Necessidade de realização, de aprovação
  3. Resistência Psicológica
  4. Agressividade
  5. Criatividade
  6. Iniciativa
  7. Sociabilidade
  8. Alerta psicológico
  9. Destreza
  10. Temeridade

APTIDÕES PSICOLÓGICAS

(o que o jogador expressa ou não no terreno de jogo)

  1. Segurança
  2. Motivação
  3. Superação
  4. Combatividade
  5. Inteligência Estratégica
  6. Pensamento Táctico
  7. Cooperação
  8. Atenção
  9. Coordenação
  10. Assumir Riscos



terça-feira, 3 de junho de 2008

CARLOS ALHINHO

« VAI ESTUDAR, MIÚDO! » Disseste-me, no Marquês de Pombal, em fins de Dezembro de 1976, depois de termos saído do estádio da Luz, após mais um treino matinal!
Um abraço, e fica bem onde quer que estejas, no etéreo universal.

terça-feira, 13 de maio de 2008

PARABÉNS CAMPEÃO


JOÃO HENRIQUES sagrou-se pela terceira vez Campeão de Santarém, nesta última, como treinador principal do Clube Desportivo de Torres Novas, a duas jornadas do fim do campeonato da divisão de Honra do distrito.
  • Com uma organização de jogo em 4 x 3 x 3;

  • Fez uma temporada sempre em 1º lugar;

  • BRILHANTE!!!!

sábado, 26 de abril de 2008

CONTEUDO DO TREINO II

A Animação Ofensiva do Sistema de Jogo

Referência estática = Organização de jogo - posse de bola - cooordenação de acções ofensivas para marcar um golo. 3 fases da acção Ofensiva:

Conservação colectiva da bola/Oposição à progressão da bola

Desequilibrio colectivo ou individual/Recuperação da bola

Finalização/Protecção da baliza

  • O Ataque colocado
  • - O que fazer para que o colectivo conserve a bola:

Aumentar as possibilidades de trocas de bola, isto é passes eficazes

Ocupação do terreno em largura e em profundidade;

Deslocamentos (desmarcações) entre dois adversários em espaços livres;

Circulação da bola com segurança.

- O que fazer para desequilibrar a defesa adversária:

Criar e utilizar espaços livres: fixa-se a defesa em uma zona lateral e faz-se de imediato a inversão do jogo;



terça-feira, 8 de abril de 2008

O CONTEÚDO DO TREINO

PREPARAÇÃO PARA A TÁCTICA COLECTIVA

A Táctica em futebol é um plano de acções ofensivas e defensivas com o objectivo de vencer o adversário, dominando-o, respeitando as regras de jogo. Só podemos realizar um plano táctico tendo uma base táctica com participação importante das seguintes capacidades: cognitivas, habilidades técnicas, aptidões físicas, e de modo geral das qualidades psicológicas do jogador.

São 3 os grandes problemas tácticos em futebol: conservação/oposição

Desiquilibrio/Recuperação

Finalização/Protecção

Cada problema de jogo resolve-se mais ou menos rápidamente em função de um estado da relação de Oposição-Colaboração; são três os estados desta relação; Favorável, em Equilíbrio, e em Desequilíbrio.

PRINCÍPIOS DE JOGO

Oposição-Colaboração - - - -Ataque - - - - - Defesa
Favorável ao Ataque - - - Ataque Rápido - - - inf. numérica
- sair rápido - travar acção ofensiva
- manter avanço em tempo e espaço - protecção caminhos baliza
Equilibrada .- Ataque organizado - Defesa em Linha
- criar sup. numérica - marcar o portador da bola
- Mobilidade - criar sup. num. lado da bola
- criar insegurança
Favorável à Defesa -- Ataque Organizado -- Defesa c/ Sup. Numérica
- Conservar a bola e progredir - - -Recup. organizada da bola
- Criar Segurança
O SISTEMA DE JOGO
A Táctica colectiva está estreitamente ligada à noção de sistema de jogo; este é uma forma de organização dinâmica quer no ataque, quer na defesa, própria de cada equipa.
Será que o conteúdo é o mesmo?
A Organização de Jogo
É uma estrutura base em que ordenamos o sistema de jogo, com repartição de forças e distribuição de funções para cada posição.
Exemplo: Organização de jogo em 4 x 3 x 3, «a minha preferência».
  • Três linhas de força:
  • linha defensiva composta por 4 jogadores; (Zona de Segurança)
  • linha média composta por 3 jogadores; 1 na zona central á frente dos dois defesas centrais (Trinco), e mais 2, «volantes» interiores, 1 na esquerda e o outro na direita; (Zona de Segurança e Risco)
  • linha atacante com 3 jogadores, 1 na esquerda, 1 ao centro, e outro à direita. (Zona de Risco)
  • é esta a organização de jogo que vou «defender», muito embora o 4 x 4 x 2, fosse uma das alternativas! Mas quase sempre circunstanciais!
  • O Clube Desportivo de Torres Novas, após a saída do professor José Moniz, jogou em 4 x 3 x 3, pressionando logo á entrada da área do adversário; mas já tinha adquirido os princípios de jogo fundamentais, derivados do 3 x 5 x 2.
  • O 3 x 5 x 2 , foi também uma das organizações de jogo que trabalhámos! com sucesso em Viseu, Académico de Viseu ; bem como o 3 x 4 x 3, com José Vasques no Fátima.
  • Escusado será, fazer a descrição das linhas de força destas organizações de jogo! São óbvias.
  • Em Tomar, no União de Tomar, utilizei o 4 x 3 x 3, mais o 4 x 4 x 2, e, só com equipas como o Fátima e Sport Lisboa e Benfica, o 3 x 5 x 2, em jogos de carácter particular.
Utilizei no Clube Atlético Riachense as 4 organizações de jogo em 2 épocas, com preponderância para o 4 x 3 x 3;
Com sucesso, visto que os recursos dos jogadores permitiram essas aplicações, e também porque os dirigentes do clube «confiaram» na nossa competência!
Ficamos hoje por aqui; a próxima mensagem será mais descritiva na interpretação da leitura que vou fazendo ao livro de Erick Mombaerts,e não só.
  • Seria de um grande egoísmo e falta de ética deontológica e profissional não referir que, em situações críticas, pedi a opinião de José Moniz, e também a de José Vasques, que de pronto me auxiliaram no que podiam, embora à distância; «Trabalho de Equipa», meus senhores, Trabalho de Equipa!
  • PS: Quando o Professor josé Moniz saíu do Académico de Viseu, devia tê-lo acompanhado na saída, independentemente de todos os problemas pessoais que na altura eu tinha!; foi um erro grave.

domingo, 6 de abril de 2008

PÁGINAS «DESORDENADAS» DO MEU FUTBOL

1973, 1974, 1975 - Sport Quelimane e Benfica - Treinos em pavilhão; jogos em relva - Moçambique - Prioridade ao jogo - o prazer de jogar
Amador

1978/1979 - União de Tomar - Campo relvado -Método de Treino Tradicional - Prioridade a nível físico - Resistência - Força - Resistência
Treinadores: 1º, Barrigana, depois António Gama

1979/1980 - Sporting Clube da Covilhã - «Campo pelado» - Método de Treino Tradicional - Prioridade a nível físico - Resistência - Força - Resistência
Treinador : José Domingos

1984/1985 - União Desportiva de Leiria - Campo relvado - Vice -Campeão - Liguilla
Método de Treino Tradicional, com alguma «modernidade» - Prioridade a nível físico - Resistência - Força - Resistência (Treino em circuito) - Potência
Treinadores: Jerónimo e António Violante

1986/1987 - Caldas Sport Clube - Campo pelado -Campeão de Série
Método de Treino Tradicional - Prioridade a nível físico
Treinador: José Domingos


  • Faltam registos fotográficos do Grupo Desportivo de Peniche - campo pelado - (Treinador: José Pérides), União de Coimbra; - campo treinos pelado, «Arregaça», campos de jogos relvados: Municipal de Coimbra e Universitário - Treinadores: Rui Rodrigues, Raul Pinho, José Domingos e depois Francisco Andrade- (4º lugar), União de Santarém - campo pelado - Treinadores: 1º., Armando e depois Celestino Ruas, (todos na 2ª divisão nacional zona centro), e Atlético Alcanenense - campo pelado - (Treinador: Libânio) e Clube Desportivo de Torres Novas - campo pelado, e na época seguinte, relvado - (Equipa Técnica: Ernesto, José Fragata e João Real), na 3ª divisão nacional. Em todos estes últimos foi utilizado o método de treino tradicional, com Prioridade a nível físico, exceptuando quando José Moniz e seu adjunto José Vasques assumem o comando da equipa no Clube Desportivo de Torres Novas (1989/1990); Terminei aqui a carreira de jogador, tendo sido convidado por José Moniz a integrar a sua equipa técnica.

Começa verdadeiramente aqui, o meu curso de treinador de futebol, a minha «academia»!

terça-feira, 1 de abril de 2008

FORMAÇÃO DO jOGADOR DE FUTEBOL

UM MEIO PRIORITÁRIO DE FORMAÇÃO
O trabalho de Oposição - Cooperação
  • Exemplo: 2 x 2 + baliza
  • Que Princípios de Acções?
  1. Para o portador da bola;
  2. Para o companheiro do portador da bola;
  3. Para o defesa em acção defensiva (próximo do portador da bola);
  4. Para o companheiro na defesa.

Este Trabalho em oposição melhora simultâneamente as qualidades táctico-técnicas, as qualidades físicas, mas também as atitudes mentais ligadas à situação de treino.

Claro que este trabalho deve responder a expectativas ligadas a um projecto de jogo e a objectivos muito precisos.

Eleição de Objectivos

Exemplo: «recuperação imediata da bola»

  1. a relação de oposição - colaboração
  2. o tipo de oposição
  3. conselhos a dar aos jogadores
  4. a evolução do exercício
  • Os 3 momentos principais do jogo
  1. a posse da bola
  2. a posse da bola pelo adversário
  3. a recuperação da bola
  • PRINCÍPIOS DE JOGO

Ataque: conservação; progressão da bola e dos jogadores/ Defesa: oposição à progressão da bola e dos jogadores.

Ataque: Desequilibrio individual ou colectivo da defesa/Defesa: Recuperação da bola.

Ataque: Finalização ( marcar golo)/Defesa:Protecção da baliza

  • O jogo apresenta também as fases dinâmicas e as fases estáticas

Consideramos nas fases estáticas: os cantos, os livres directos e indirectos, o pontapé de saída, o pontapé de baliza, o lançamento de linha lateral, o penalty.

Devemos realçar que os livres directos e os cantos equivalem a 25%, 30% dos golos em todas as competições.

  • O nível de jogo de uma equipa é o resultado de uma perfeita eficácia nos 3 níveis de organização que descrevemos atrás. Cabe ao treinador determinar qual deve ser objecto de um trabalho prioritário.

A relação de oposição-colaboração

Em situação de jogo, cada problema de jogo resolve-se com maior ou menor rapidez consoante a relação oposição-colaboração.

Esta relação depende do número de jogadores, de momento em acção; exemplo: 3 contra 1 mais guarda redes, mas depende também do espaço e do tempo disponíveis para realizar este exercício. Assim, o treinador modelará a dificuldade ou a complexidade do mesmo.

Tipos de Oposição

Na objectividade do treino o treinador pode modelar o nível do treino em função do nível do jogo, por meio de uma oposição simplificada ou uma oposição real.

A oposição simplificada: neste tipo de oposição saímos da Realidade do jogo; o tempo de informação para o jogador é o mais importante; aqui a defesa utiliza sempre acções passsivas; a Graduação do treino pode ser «criando obstáculos perceptivos» e ou, «fazendo oposição sem intervenção». Embora seja difícil controlar o grau de intensidade do esxercício, este tipo de trabalho permite o desenvolvimento dos princípios organizadores da acção, num clima de auto-confiança crescente.

A Oposição Real: com oposição total é pedido ao jogador que disponibilize toda a sua dimensão, particularmente nos gastos energéticos (nível físico).

A atenção do treinador deve estar focada nos tempos activos e nos tempos de recuperação com os cuidados necessários, não esquecendo que o contexto psicológico é pressionante e assim deve introduzir alguma dose de «ludismo» neste tipo de tarefa ou exercício.

Sabemos que ambos os tipos de oposição se complementam já que permitem aceder ao conhecimento do jogo de oposição e de cooperação.

Ao treinador cabe utilizá-los no momento oportuno, de forma a que os jogadores consigam adquirir este conhecimento profundo do jogo.

O aconselhamento a dar aos jogadores: Antes de iniciar a tarefa ou o exercício, o treinador deve indicar qual ou quais os objectivos a atingir.

Exemplo: conservação da bola e progressão com oposição defensiva.

  • Convém também ser preciso e conciso nas instruções:
  1. Os princípios de acção (ofensivos-defensivos) relativos a este problema de jogo;
  2. O tipo de oposição escolhida;
  3. A reversabilidade da acção - é possível a transição ofensiva - defensiva? Quando e Como?
  4. O número de repetições do exercício ou tarefa;
  5. Os critérios de êxito (avaliação).

A Evolução da Tarefa ou do Exercício

  • Termina-se a tarefa ou o exercício quando:
  1. haja sucesso na acção, alcançando o objectivo pré-definido;
  2. pela intervenção do treinador, que explica de novo a tarefa ou o exercício se não se compreende o seu desenvolvimento;
  3. após várias tentativas dos jogadores se persiste nos erros colectivos e ou individuais Importantes;
  4. se apercebe da necessidade de informações suplementares.

Na realidade, em presença de êxitos ou fracasssos, o treinador deve compreender as razões de forma a que:

  • eleve o nível de dificuldade da tarefa ou do exercício aumentando as pressões aos atacantes ou aos defesas em função do espaço e do tempo;
  • haja um posicionamento mais favorável para os atacantes ou para os defesas;
  • haja uma relação de oposição-colaboração mais favorável para os atacantes ou para os defesas;
  • haja uma mudança do tipo de Oposição
  • Simplifique, utilizando o processso inverso.

É importante compreeender que as produções ofensivas e defensivas se condicionam mútuamente. A APRENDIZAGEM EFECTUA-SE NOS DOIS SENTIDOS, GRAÇAS AO DOMÍNIO DURADOURO DO JOGO INTENCIONAL PARA CHEGAR AO JOGO COLECTIVO NA SUA GLOBALIDADE.

RESUMINDO, pretendemos um Ensino do Futebol que tenha em conta a Oposição, e o treino dinâmico do Jogo, defendendo que o jogador se «constrói» progressivamente a partir do jogo e de situações-problemas.

Cabe ao treinador facilitar a aprendizagem por meio de uma dose subtil de dificuldade nas situações-problemas; nem demasiado fácil, nem demasiado difícil.

segunda-feira, 31 de março de 2008

FORMAÇÃO DO JOGADOR DE FUTEBOL

  • Ao Nível Técnico

Sabemos que em futebol a bola quase nunca está parada nos pés de um jogador; é necessário um bom domínio técnico para a receber, controlar, conduzir, passar, rematar;

Para melhorar a sua capacidade de coordenação, o jogador deve desenvolver desde o princípio a sua capacidade específica de equilibrio.

  • Ao Nível Físico

A alternância trabalho/repouso caracteriza as sequências de jogo; é portanto um esforço descontinuado mediante pressões específicas, tanto maiores quanto a elevação do nível do jogo.

O jogador jovem adapta-se naturalmente à descontinuidade do esforço breve, seguido de um tempo de recuperação, mas, tem dificuldade em produzir esforços longos e intensos.

  • Ao nível psicológico

Em todas as partes e a todo o momento!

Dadas as pressões psicológicas específicas que este desporto colectivo de oposição apresenta, deveremos dar prioridade à educação, agindo também como pais.

O futebol é psicológicamente muito exigente; tanto a nível intelectual como afectivo; exige ainda um tratamento rápido e eficaz da informação, motivação constante e capacidades de integração em grupo.

  • Análise dos recursos (capacidades e qualidades) do jogador, no jogo, em treino e na competição.

Desenvolvimento e aperfeiçoamento para o melhor rendimento do jogador e da equipa.

Recursos Tácticos

Inteligência táctica: utilização inteligente dos recursos técnicos e físicos no jogo;
Quando o jogador não é um especialista menos atitude tem para a leitura e resolução dos problemas do jogo.

Recursos Técnicos (qualidades técnicas)

O domínio gestual, a perfeição das habilidades úteis para a realização táctica do jogador; Quanto mais «tosco» for o jogador, mais dificuldades terá na sua coordenação específica.

Recursos Físicos (qualidades físicas)

Consideremos as qualidades físicas gerais e as qualidades físicas específicas

  • Quanto menos treinado está o futebolista menos resistência geral e específica tem.

Recursos Psicológicos (qualidades psicológicas)

  • Motivação, combatividade, controle emocional, solidariedade, persistência, perseverança, etc.

Quanto mais jovem é o jogador mais motivado está para o jogo e mais necessidade tem de desenvolver a sua autoconfiança. Assim o projecto de treino desportivo visando a eficácia, compreenderá essencialmente: a formação táctica; a formação técnica; a formação física e a formação mental.

A ACÇÃO FORMATIVA

Não é suficiente ao treinador trabalhar separadamente as capacidades de que falamos anteriormente, para que o jogador seja eficaz ao serviço do colectivo com o mesmo objectivo. (a relação de força colectiva e individual reflecte o nível de jogo da cada equipa).Durante o jogo, a equipa ganhadora resolve melhor os problemas que a equipa adversária lhe apresenta, quer colectiva, quer individualmente, porque domina os factores tácticos e técnicos.Cada elemento da equipa (o individual) sabe utilizar melhor o seu potencial físico e controlar as suas emoções.

É absurdo treinar o futebolista separando os diversos factores.

TREINO GLOBAL

Estes factores estão permanentemente interligados na acção do jogador. Logo, devemos preconizar a concepção global do treino em detrimento da fragmentação da preparação em diversas partes (física, técnica, táctica, mental)

Estamos portanto a falar de um treino total e integrado, onde o exercício é multidimensional: psico-táctico - técnico-físico.

Definimos como Prioritária o desenvolvimento da capacidade táctico-técnica do jogador. Este, em situação de jogo envolve-se Táctica, técnica, física e mental com toda a sua paixão. O desenvolvimento táctico técnico do jogador tem um lugar preponderante desde o principiante até ao nível máximo.

O treinador deve permitir a criatividade, a autonomia, a tomada de iniciativas e a assunção de responsabilidades. O que importa treinar, são as situações reais de jogo: com posse da bola e sem posse da bola, valorizando a inteligência táctica e comportamentos eficazes; adquirir automatismos táctico-técnicos o que permitirá aos jogadores o desenvolvimento e aperfeiçoamento de uma verdadeira «eficácia mental». O treinador deve pôr aos jogadores problemas que eles têm de resolver; consoante o nível, o futebol é apresentado de forma simples (regras adaptadas aos principiantes) sem deixar de lado alguma complexidade para que haja progressão.

A situação problema, o jogo, a competição constituem a base do trabalho de Formação e de treino; é a avaliação da produção que permite verificar os progressos e as deficiências.

Pretendemos um jogo criativo e rápido, o que nos obriga a dar a máxima preponderância ao dominio da dimensão táctico-técnica, de forma a que o jogador aprenda a escolher a melhor solução no jogo.

A Pedagogia activa é essencial. Não podemos nem devemos exigir uma eficácia instantânea. Deve ser feito com base num processo de aprendizagem.

O Treinador deve criar situações-problema, adaptadas ao nível dos jogadores; à medida das capacidades momentâneas:

  1. O que deve o jogador saber sobre o jogo
  2. O que deve conhecer do jogo
  3. o que fazer em jogo

Neste processo, o jogador compreende porquê que actua e reage assim. O jogo e a decisão de como jogar, cabe-lhe a ele próprio; Ao Treinador cabe-lhe saber observar, aconselhar, modelar a dificuldade do exercício, avaliar.

domingo, 30 de março de 2008

A FORMAÇÃO DO JOGADOR DE FUTEBOL

A metodologia do treino evoluíu. Com efeito, já não é suficiente imitar os gestos técnicos que se realizam a alto nível, para obter bases eficazes na aprendizagem.
O que deve ser feito em cada situação de desenvolvimento e aperfeiçoamento no treino, está direccionado para o próprio jogo.
Assim, desde o 1º treino da época devemos estar direccionados para as situações reais do jogo que queremos que a nossa equipa faça; a nossa forma de jogar!
  • Surge o Projecto de Treino
    Sem um projecto de treino dificilmente os treinadores conseguem alcançar os objectivos desportivos previamente definidos. É necessário adequar o nível das pressões do futebol com o nível dos recursos dos jogador.
  • Análise das pressões geradas pela prática do futebol; oposição Atacante/Defesa - Damos prioridade ao nível táctico.
  • Dada a complexidade desta actividade motriz, o jogador deve tomar decisões antes de actuar, e depois de ter analisado a situação; o portador da bola que faz um passe para um espaço «vazio» a um colega em movimento, com oposição, deve:
  • perceber e analisar a situação;
  • conceber e escolher uma solução;
  • passar a bola na direcção e na distância de forma eficaz.

O jogador deve encontrar as respostas adequadas aos problemas do jogo que derivam da Oposição (adversários) e da Cooperação (companheiros); dupla tarefa portanto; reacção simultânea ou quase, à posição da bola e por outro lado ao entendimento, compreensão, da situação do jogo. Assim, ele, o jogador, deve ter uma boa velocidade mental, uma boa velocidade técnica, associada a uma boa velocidade física.

sábado, 29 de março de 2008

Ensino do Futebol, II






Aos 14/15 anos passámos para o futebol de salão; aqui, com a organização feita pelo clube (Sport Quelimane e Benfica) patrocinada por várias empresas. O passe curto rente ao solo era o mais utilizado, já que não se podia levantar a bola, parece-me, acima da coxa. Privilegiava-se assim o jogo em bloco, equipa muito junta e velocidade no passe; combinações directas. Por outro lado isso prejudicou o nosso desenvolvimento quer no passe longo, quer no jogo de cabeça e outros gestos técnicos inerentes a esse tipo de passe. Aos 15 anos integramos o futebol de 11 federado, juniores, já que na época não existiam os escalões de infantis, iniciados, ou juvenis.

Os treinadores eram preferencialmente ex-jogadores ou jogadores dos seniores, ou ainda «curiosos». O nosso desenvolvimento e aperfeiçoamento era feito assim; habilidade natural e intuitiva + jogo, muito jogo; 3 treinos por semana; aquecimento tradicional para a época (1968), cross pelas ruas da cidade, alguns exercícios abdominais, subida e descida de bancadas em ritmo contínuo e em zig zag; alongamentos não conhecíamos, eram gestos instintivos individuais.

Táctica? O que se lia no jornal a Bola, o que se ouvia na rádio e o que pouco mas muito pouco se encontrava em literatura desportiva que era quase nula.

Jogávamos em 4 x4 x2, 4x2x4, mas sem combinações planeadas e treinadas; apenas instinto e claro inteligência.

Foi assim até aos 18 anos; no primeiro ano de futebol de 11 sentimo-nos perdidos na imensidão dos 100 metros por 7o metros do campo de futebol que por sinal era relvado; o nosso treinador disse-me para jogar a extremo direito e bem encostado à linha; resultado? «casei-me com a linha» e não saía de lá! O que era frustante quando ainda por cima quase não tocava na bola; não sabíamos que espaço(s) ocupar, como jogar etc, etc, etc...Fomos aprendendo jogando, jogando e jogando! Tínhamos bons hábitos de vida: deitar e levantar cedo; praticávamos outras modalidades desportivas na escola : andebol de 7, voleyball, natação e outras; não tínhamos televisão, nem computadores; apenas a biblioteca municipal, o cinema e a rádio; tudo o resto era «inventado» por nós.

Os nossos ídolos eram: Eusébio, Mário Coluna, Simões, José Augusto, Torres, José Pereira, Iachine, Vítor Damas, Pélé, Garrincha, Puskas, Boby Charlton e outros ícones da época não esquecendo José Pérides, Hilário, Morais!!!



quinta-feira, 27 de março de 2008

O ENSINO DO FUTEBOL - I

«FAZ O QUE EU FAÇO E EXPLICO, E NÃO, FAZ O QUE EU DIGO E NÃO O QUE EU FAÇO»

  • Vou reiniciar a minha aprendizagem no ensino do futebol!
  • Começo pela mensagem anterior do professor José Moniz (atenção: professor e ex praticante)!
  • «O ensino do futebol deve ser feito por ex praticantes»
  • Logo: Faz o que eu faço e explico, e não, faz o que eu digo e não o que eu faço!
  • A minha reaprendizagem basear-se-à no livro «Entrainement et perfomance collective en football» propriedade, 1996, Éditions Vigot.
  • E também, na minha experiência quer como jogador, quer como treinador de futebol, salvaguardando que a 2ª, foi no futebol sénior, tendo apenas por ínfimo tempo iniciado um trabalho com infantis em Torres Novas, onde terminei a carreira de jogador, inserido no projecto de José Moniz, então treinador principal do Clube Desportivo de Torres Novas em 1990/1991(com um trabalho notável a que depois dei seguimento), do qual era adjunto, bem como José Vasques.
  • A minha Formação (Quelimane, Zambézia, Moçambique, África Austral)enquanto jogador foi feita na «rua» até aos 14 anos: geralmente 1 x 0 + guarda redes (Gr); 1 x 1 para 2 balizas pequenas (geralmente com pedras); 1 x 1 + Gr, marca golo e troca de funções; com 3 jogadores a mesma situação e sai quem sofre golo; 2 x 2 + Gr; Gr + 2 x 2 + Gr, e por aí adiante, quase sempre em espaços de rua, ou quintal!
  • O dono da bola(era quase sempre o mais novo do «bando»), tinha que jogar sempre! Geralmente na equipa do jogador que mais se evidenciava; caso contrário não havia jogo; mas é que não havia mesmo jogo!
  • Passámos depois para os jogos de bairro contra bairro.
  • Mais tarde, nós próprios fizemos um campo de futebol com as dimensões de um campo de futebol de salão, com balizas de bambu, bandeirolas, árbitros, equipamentos pré-concebidos e com emblemas manufacturados pelas nossas mães, etc, etc..., e fizemos um torneio com várias equipas de 5 jogadores ou 6 cada uma, com taças e medalhas. A competição era «implacável»; jogava-se para Ganhar! (descalços, com o melhor sapato, com sapatilha, tudo servia para o jogo; só queríamos jogar, e jogar e jogar, até que o sol desaparecia por completo.
  • As nossas mães desesperavam!!!! Quer pelo calçado que se rompia, quer pelas horas a que chegávamos a casa e pior, todos sujos da cabeça aos pés.
  • E nós? Só sonhávamos com o próximo jogo; como sair de casa, mesmo de castigo, as janelas de rede mosquiteira eram cortadas cirurgicamente com uma lâmina de barbear já usada! Que risco meus caros, que risco!!!!!!!!!

terça-feira, 11 de março de 2008

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Camacho vai consolidando a sua Liderança


O Benfica joga mal, joga feio, defende mal, mas vai ganhando!
As decisões de Camacho indiciam que uma das prioridades é demonstrar claramente que quem manda é ele!
Relembre-se a tristeza de Rui Costa ao ser substituído; os desentendimentos entre Luisão e Katsouranis,em Setúbal, a manifestação de desagrado, quer de Nuno Gomes, quer de Cardoso. José António Camacho pôs cada um «in su sítio»! Quem manda é ele ok? Quem gosta, gosta, quem não gosta põe à borda do prato.Está a cimentar o seu estilo para um Benfica à sua imagem. O resto é conversa!!!!!!!!
Cada «macaco no seu galho», ou se quisermos, "À Chacun sa Place"!!!!!!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Forum Nacional do Futebol em Santarém - «O GRITO DA ALMA»

Creio que poderemos ter dado mais um passo significativo para a melhoria do nosso futebol.
Com intervenções claras dos Académicos: mestre Albino Maria, Dr José Manuel Meirim, Dr Emanuel Medeiros, brilhantes nas suas exposiçoes de factos e de ideias.
tivemos também a oportunidade de ouvir o tom crítico do Presidente da Associação de Futebol de Leiria, a exposição resposta do membro do governo Dr Laurentino Dias.
No sábado de manhã, o «toque» sensivel e solidário do mestre José Neto que pôs o auditório ao rubro, bem secundado pelo presidente da associação de futebol do Porto Dr Lourenço Pinto, no seu estilo «papal»;Depois uma intervenção apaixonada do professor doutor Pedro Sarmento, presidente da federação de hóquei: simples, apaixonado, solidário, lutador, FANTÁSTICO! obrigado professor!
Após o almoço uma das intervenções mais que esperadas: senhor Luis Felipe Scolari, que dissertou de forma bem simples, (o que é seu apanágio) a temática da liderança ; Um líder sabe e é humilde! Logo CONHECIMENTO E HUMILDADE, características fundamentais de uma liderança que não precisa de ser autoritária.
Na segunda fase o senhor Scolari foi um Ás de Ouros: no seu elemento, pergunta resposta, ganhou de 10 a 0!
Finalmente mais um senhor do futebol mundial: Angel Maria Villar, presidente da real federacion espanhola de futebol; Conhecimento, Força, solidariedade, Classe! Obrigado senhor Angel Villar!
Lá vou eu a caminho de Espanha!
Concluindo, foi o Grito da Alma de um futebol que se quer esclarecido e melhor, onde as bases devem ser o seu suporte!
Venha outra iniciativa que cá estaremos!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Erros que saiem muito Caros


"Lúcio Rocha de grande promessa no futebol, do Boavista e da selecção sub 16, (geração de Miguel, Simão, Sérgio Leite e Hugo Leal, Caneira entre outros)«meteu-se» na cocaína e cumpre uma pena de prisão de 4 anos e 4 meses; faltam-lhe cumprir apenas 5 meses.
Esperamos que volte ao futebol, passando a mensagem aos mais novos de que o dinheiro é para ser bem utilizado e que as oportunidades são para ser «agarradas com unhas de dentes» !"

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008