terça-feira, 1 de abril de 2008

FORMAÇÃO DO jOGADOR DE FUTEBOL

UM MEIO PRIORITÁRIO DE FORMAÇÃO
O trabalho de Oposição - Cooperação
  • Exemplo: 2 x 2 + baliza
  • Que Princípios de Acções?
  1. Para o portador da bola;
  2. Para o companheiro do portador da bola;
  3. Para o defesa em acção defensiva (próximo do portador da bola);
  4. Para o companheiro na defesa.

Este Trabalho em oposição melhora simultâneamente as qualidades táctico-técnicas, as qualidades físicas, mas também as atitudes mentais ligadas à situação de treino.

Claro que este trabalho deve responder a expectativas ligadas a um projecto de jogo e a objectivos muito precisos.

Eleição de Objectivos

Exemplo: «recuperação imediata da bola»

  1. a relação de oposição - colaboração
  2. o tipo de oposição
  3. conselhos a dar aos jogadores
  4. a evolução do exercício
  • Os 3 momentos principais do jogo
  1. a posse da bola
  2. a posse da bola pelo adversário
  3. a recuperação da bola
  • PRINCÍPIOS DE JOGO

Ataque: conservação; progressão da bola e dos jogadores/ Defesa: oposição à progressão da bola e dos jogadores.

Ataque: Desequilibrio individual ou colectivo da defesa/Defesa: Recuperação da bola.

Ataque: Finalização ( marcar golo)/Defesa:Protecção da baliza

  • O jogo apresenta também as fases dinâmicas e as fases estáticas

Consideramos nas fases estáticas: os cantos, os livres directos e indirectos, o pontapé de saída, o pontapé de baliza, o lançamento de linha lateral, o penalty.

Devemos realçar que os livres directos e os cantos equivalem a 25%, 30% dos golos em todas as competições.

  • O nível de jogo de uma equipa é o resultado de uma perfeita eficácia nos 3 níveis de organização que descrevemos atrás. Cabe ao treinador determinar qual deve ser objecto de um trabalho prioritário.

A relação de oposição-colaboração

Em situação de jogo, cada problema de jogo resolve-se com maior ou menor rapidez consoante a relação oposição-colaboração.

Esta relação depende do número de jogadores, de momento em acção; exemplo: 3 contra 1 mais guarda redes, mas depende também do espaço e do tempo disponíveis para realizar este exercício. Assim, o treinador modelará a dificuldade ou a complexidade do mesmo.

Tipos de Oposição

Na objectividade do treino o treinador pode modelar o nível do treino em função do nível do jogo, por meio de uma oposição simplificada ou uma oposição real.

A oposição simplificada: neste tipo de oposição saímos da Realidade do jogo; o tempo de informação para o jogador é o mais importante; aqui a defesa utiliza sempre acções passsivas; a Graduação do treino pode ser «criando obstáculos perceptivos» e ou, «fazendo oposição sem intervenção». Embora seja difícil controlar o grau de intensidade do esxercício, este tipo de trabalho permite o desenvolvimento dos princípios organizadores da acção, num clima de auto-confiança crescente.

A Oposição Real: com oposição total é pedido ao jogador que disponibilize toda a sua dimensão, particularmente nos gastos energéticos (nível físico).

A atenção do treinador deve estar focada nos tempos activos e nos tempos de recuperação com os cuidados necessários, não esquecendo que o contexto psicológico é pressionante e assim deve introduzir alguma dose de «ludismo» neste tipo de tarefa ou exercício.

Sabemos que ambos os tipos de oposição se complementam já que permitem aceder ao conhecimento do jogo de oposição e de cooperação.

Ao treinador cabe utilizá-los no momento oportuno, de forma a que os jogadores consigam adquirir este conhecimento profundo do jogo.

O aconselhamento a dar aos jogadores: Antes de iniciar a tarefa ou o exercício, o treinador deve indicar qual ou quais os objectivos a atingir.

Exemplo: conservação da bola e progressão com oposição defensiva.

  • Convém também ser preciso e conciso nas instruções:
  1. Os princípios de acção (ofensivos-defensivos) relativos a este problema de jogo;
  2. O tipo de oposição escolhida;
  3. A reversabilidade da acção - é possível a transição ofensiva - defensiva? Quando e Como?
  4. O número de repetições do exercício ou tarefa;
  5. Os critérios de êxito (avaliação).

A Evolução da Tarefa ou do Exercício

  • Termina-se a tarefa ou o exercício quando:
  1. haja sucesso na acção, alcançando o objectivo pré-definido;
  2. pela intervenção do treinador, que explica de novo a tarefa ou o exercício se não se compreende o seu desenvolvimento;
  3. após várias tentativas dos jogadores se persiste nos erros colectivos e ou individuais Importantes;
  4. se apercebe da necessidade de informações suplementares.

Na realidade, em presença de êxitos ou fracasssos, o treinador deve compreender as razões de forma a que:

  • eleve o nível de dificuldade da tarefa ou do exercício aumentando as pressões aos atacantes ou aos defesas em função do espaço e do tempo;
  • haja um posicionamento mais favorável para os atacantes ou para os defesas;
  • haja uma relação de oposição-colaboração mais favorável para os atacantes ou para os defesas;
  • haja uma mudança do tipo de Oposição
  • Simplifique, utilizando o processso inverso.

É importante compreeender que as produções ofensivas e defensivas se condicionam mútuamente. A APRENDIZAGEM EFECTUA-SE NOS DOIS SENTIDOS, GRAÇAS AO DOMÍNIO DURADOURO DO JOGO INTENCIONAL PARA CHEGAR AO JOGO COLECTIVO NA SUA GLOBALIDADE.

RESUMINDO, pretendemos um Ensino do Futebol que tenha em conta a Oposição, e o treino dinâmico do Jogo, defendendo que o jogador se «constrói» progressivamente a partir do jogo e de situações-problemas.

Cabe ao treinador facilitar a aprendizagem por meio de uma dose subtil de dificuldade nas situações-problemas; nem demasiado fácil, nem demasiado difícil.

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